terça-feira, 1 de maio de 2007

Mês de Maria



Avé ó cheia de graça...


Veículo do AMOR do PAI...


Caminho para chegar ao Cristo Salvador e nunca poderá ser entendida como a meta a atingir, ela mesmo nos remete para o Filho “Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2,5).

2 comentários:

Felipe Fanuel disse...

Como protestante, só tenho a aplaudir a coragem que tens de colocar uma mulher numa posição tão importante entre teus símbolos.

No entanto, sinto que nossas religiões ainda não são tão radicalmente feministas a ponto de enfatizar o lado feminino de Deus. Os iconoclastas protestantes estamos muito longe de enxergar a feminilidade divina em Maria. Diria que isso é impossível entre nós. Mas os católicos têm uma riqueza simbólica muito grande, sobretudo através dos santos. A mãe de Jesus acaba, portanto, ocupando este vácuo que há na nossa divindade cristã. Ela é descrita, às vezes, como um lado oculto de Deus, escondido por causa do machismo existente em nossa cosmovisão.

Neste sentido, é importantíssima para o cristianismo esta contribuição da mariologia. Contribuição essa que traz à baila a característica feminina de Deus, tão importante em qualquer espiritualidade. Dizem que nossa divindade não é nem homem, nem mulher, mas, convenhamos, o antropomorfismo da nossa tradição só atribui características másculas para aquele a quem adoramos. A própria marcação de gênero é mais masculina que feminina (Ele, nunca Ela; Pai, nunca Mãe).

Ora, se Maria, como chegam a afirmar alguns irmãos da fé católica, é mãe de Deus, então ela está posta num lugar acima dele. Embora isso seja radical demais para o protestantismo, confesso que este pensamento contempla muito mais o lado materno dos deuses, do que aquele monoteísmo radical que pregamos de Soli Deo gloria. Ele, o Deus, do latim, está sozinho, extremamente marcado pelo gênero masculino, tendo apenas auréolas de uma eterna dominação do homem sobre a mulher.

A divindade de Maria, todavia, pode ser uma saída um pouco esdrúxula para um monoteísmo trinitário. Por isso, não há católico que assuma que essa divina mulher é uma deusa. O misticismo apostólico romano medieval, contra o qual os protestantes vivemos de protestar, permitiu que ela, mesmo não sendo deusa, tenha características divinas, como a virgindade mesmo após o nascimento de Jesus, e como a posição de mediadora entre humanidade e Deus ("Caminho para chegar ao Cristo Salvador", diz o próprio post).

Um abraço ecumênico.

Cátia disse...

Como mae que é, que possa estar sempre a proteger-nos...

Oremos por ela e com ela.
beijinhos