terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Feliz Natal!!!!


Natal é Nascimento de Jesus, nosso Senhor, aquEle que nos trouxe a Vida em Abundância, a graça, a Paz, o Perdão... Hoje em dia vemos tanto comércio nessa data... vemos o tal "bom velhinho" tomando o lugar de destaque desse que deveria ser a celebração da Vida de Jesus!


É momento de festa, de alegria, de confraternização, é momento de lembrar do verdadeiro Sentido do Natal - o Aniversário de Jesus Cristo, o nosso Senhor, nosso Rei!


Que possamos deixar um pouco de lado o consumismo, os presentes, a "comilança" e "bebedeiras", e deixar que o Centro dessa festa seja convidado a receber todas as honras, adentre nossas casas, e que possamos, antes de nossa confraternização, fazer uma oração pedindo à Ele a benção, louvando - O por estar entre nós e por nos dar a Vida!!


Feliz Natal a todos!!!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL
















A cada dia escrevo uma nova poesia
Sem me importar se são belas ou triviais
Frutos de minha modesta inspiração e nostalgia
Lidas por olhos que quiçá verei jamais.
Sem o lirismo dos poetas consagrados
Falam da vida sonhos e esperanças
Buscam exaltar o amor imaculado
Feito criança...totalmente desarmado.
O tempo voa e um novo ano se anuncia
Da fé renovada renasce a alegria
Promessas de paz como nos olhos ternos de Maria
Me envolvo nos braços de minha amada poesia.
Abro meu coração amigo para vos desejar
Um mundo de paz, luz e bondade
O melhor que busquei sem jamais alcançar
Onde reine a certeza do amor e caridade.
Agradeço comovida a vossa amizade
As mensagens enviadas, a vontade de servir
Como hóstia consagrada a se dividir Feliz Ano Novo!!!

Obrigado por vocês existirem.!!

domingo, 14 de dezembro de 2008

O SORRISO


"O sorriso é o primeiro sacramento da vida!

Quando um bébé sorri pela primeira vez é certo que se estabeleceu o contacto pessoal e que se encontra nesse sorriso a expressão do encontro e o seu sinal.
No sorriso revela-se o encontro e a comunhão entre as pessoas. Parece que quem não sabe sorrir, não encontra e não se encontra..."

(Vasco Pinto de Magalhães, em "Não Há soluções. Há caminhos.")

sábado, 13 de dezembro de 2008

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Passeio de Bicicleta


No começo, eu via Deus como um observador, como meu juiz que levava em conta as coisas que eu fazia, para saber se por elas, merecia o céu ou o inferno.


Ele estava aí fora como um personagem. Eu o conhecia seu retrato, mas não o conhecia. Mais adiante, quando conheci Cristo, a vida se transformou em um passeio de bicicleta. Era uma bicicleta para dois, e Cristo ia na parte de trás ajudando-me a pedalar.


Não me lembro quando, ele sugeriu que mudássemos de lugar. Desde então, a vida já não era mais a mesma! Cristo faz a vida ser fascinante! Quando eu dirigia, conhecia o caminho. Era algo aborrecido e eu já sabia o que iria acontecer. Tomava o caminho mais curto entre dois pontos.



Quando ele dirigia, conhecia deliciosos e longos atalhos, subindo e descendo as montanhas através de lugares rochosos a uma velocidade de quebrar o pescoço. Tudo o que eu podia fazer era agarrar-me a ele e agüentar, mesmo que parecesse uma loucura.


Ele me dizia: “Pedale!”Eu, preocupada e ansiosa, perguntava: “Aonde me levas?!” Ele sorria e não respondia e eu... comecei a confiar. Esqueci a tristeza da vida e me lancei à aventura, e se às vezes dizia: “Estou assustada”, Jesus se inclinava e tocava minha mão.


Levou-me a conhecer gente que me dava presentes de cura, de aceitação, de alegria e de paz para a nossa viagem.


Ele dizia: “Dá esses presentes”, e eu os dava às pessoas com quem encontrávamos, e descobri que dando eu recebia, e que a carga se tornava leve.


No início, eu não lhe confiava a direção da minha vida. Pensava que podia causar acidente. Mas ele sabe dar a inclinação perfeita à bicicleta nas curvas fechadas, saltar grandes pedras, voar para suavizar as passagens perigosas.


Estou aprendendo a calar-me e a pedalar nos lugares mais estranhos. Estou começando a desfrutar do panorama e da fresca brisa no rosto.


Ele me olha, sorri e me diz: “Pedale!”Assim, confiante, você poderá transformar sua vida num delicioso passeio de bicicleta! Experimente! Apenas, pedale!


Carmita Overbeck

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Não seja feita a minha vontade, mas a tua.


Você se lembra? É a oração que Jesus dirige ao Pai no Horto das Oliveiras e que dá sentido à sua paixão, depois da qual veio a ressurreição. Essa frase exprime em toda a sua intensidade o drama que se passa no íntimo de Jesus. Revela a ferida interior provocada pela repugnância profunda da sua natureza humana diante da morte que o Pai quis para ele.

Mas Cristo não esperou esse dia para adequar a sua vontade à vontade de Deus. Ele fez isso durante toda a vida. Se foi essa a conduta de Cristo, essa deve ser a atitude de cada cristão. Também você deve repetir na sua vida:

“Não seja feita a minha vontade, mas a tua!”

Talvez você ainda não tenha pensado nisso, mesmo sendo batizado, mesmo sendo filho da Igreja. Talvez você tenha reduzido essa frase a uma mera expressão de resignação, que se pronuncia quando não se pode fazer mais nada. Mas essa não é a sua verdadeira interpretação. Veja bem. Na vida você pode escolher uma destas duas direções: fazer a própria vontade ou optar livremente por fazer a vontade de Deus.

Então você terá diante de si duas possibilidades: a primeira, que será logo decepcionante, porque você vai querer escalar a montanha da vida com suas idéias limitadas, com seus próprios recursos, com seus pobres sonhos, somente com as suas forças.

A partir daí, mais cedo ou mais tarde, virá a experiência da rotina de uma existência marcada pelo tédio, pela mediocridade, pelo pessimismo e, às vezes, pelo desespero.
A partir daí virá a experiência de uma vida monótona – apesar dos seus esforços para torná-la interessante – que nunca chegará a satisfazer suas exigências mais profundas. Isso você tem que admitir, não pode negar. A partir daí, no final de tudo, ainda virá uma morte que não deixará rastro algum, mas apenas algumas lágrimas e depois o esquecimento inexorável, total e universal. A segunda possibilidade é aquela em que também você repete:

“Não seja feita a minha vontade, mas a tua!”

Veja bem: Deus é como o sol. Do sol partem muitos raios que atingem cada homem: representam a vontade de Deus para cada um. Na vida, o cristão, e também todo homem de boa vontade, é chamado a caminhar rumo ao sol, na luz do seu próprio raio, diferente e distinto de todos os outros. Assim realizará o projeto maravilhoso, pessoal, que Deus preparou para ele.
Se também você agir assim, vai se sentir envolvido numa divina aventura, nunca sonhada. Você será ao mesmo tempo ator e espectador de algo grandioso que Deus realiza em você e, por meio de você, na humanidade.

Tudo o que lhe acontecer, como sofrimentos e alegrias, graças e desgraças, fatos de relevo (como sucessos e sorte, acidentes ou mortes de entes queridos), fatos corriqueiros (como o trabalho do dia-a-dia em casa, no escritório ou na escola), tudo, tudo vai adquirir um significado novo porque lhe será oferecido pelas mãos de Deus que é Amor. Tudo o que ele quer, ou permite, é para o seu bem. E se, de início, você acreditar nisso somente com a fé, depois enxergará com os olhos da alma como que um fio de ouro a ligar acontecimentos e coisas, a tecer um magnífico bordado, que é o projeto que Deus preparou para você.

Talvez você se sinta atraído por esse modo de ver as coisas, talvez queira sinceramente dar à sua vida o sentido mais profundo. Então ouça. Antes de tudo vou lhe dizer quando você deve fazer a vontade de Deus. Pense um pouco: o passado já se foi e você não pode mais alcançá-lo; só lhe resta colocá-lo na misericórdia de Deus. O futuro ainda não chegou; você vai vivê-lo quando ele se tornar atual. Apenas o momento presente está em suas mãos. É justamente nele que você deve procurar viver a frase:

“Não seja feita a minha vontade, mas a tua!”

Quando você viaja – e também a vida é uma viagem –, permanece sentado tranqüilamente em seu lugar. Nem lhe passa pela cabeça a idéia de ficar caminhando para frente e para trás no ônibus ou no vagão do trem.

Essa atitude seria de quem quisesse viver a vida sonhando com um futuro ainda inexistente, ou pensando no passado que jamais voltará. Não, o tempo caminha por si mesmo. É preciso concentrar-se no presente; então chegaremos à plena realização de nossa vida terrena.

Você me perguntará: mas como posso distinguir entre a vontade de Deus e a minha?
No presente não é difícil saber qual é a vontade de Deus. Vou lhe indicar um caminho: preste atenção à voz do seu íntimo, uma voz sutil, que talvez você tenha sufocado muitas e muitas vezes, e que se tornou quase imperceptível. Mas, procure ouvi-la bem – é voz de Deus (Jo 18,37; Ap 3,20).

Ela lhe diz que este é o momento de estudar, ou de amar algum necessitado, ou de trabalhar, ou de vencer uma tentação, ou de cumprir um dever de cristão ou outro dever de cidadão. Ela o convida a dar ouvidos a alguém que lhe fala em nome de Deus, ou a enfrentar corajosamente situações difíceis...

Ouça, ouça. Não sufoque essa voz. É o tesouro mais precioso que você possui. Siga-a. E, então, você construirá momento por momento a sua história, que é ao mesmo tempo história humana e divina, porque feita por você em colaboração com Deus. E você verá maravilhas. Verá o que Deus pode realizar numa pessoa que diz com toda a sua vida:

“Não seja feita a minha vontade, mas a tua!”


Chiara Lubich
Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em agosto de 1978.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Valente Guerreiro

O SENHOR É CONTIGO, VALENTE GUERREIRO

Em todas as áreas da minha vida, eu tomo posse:
  • O Senhor é comigo!

Para minhas batalhas, eu recebo:

  • O Senhor me faz valente guerreiro!

Em minhas dores, eu declaro:

  • O Senhor é comigo!

Diante do inimigo, eu afirmo:

  • O Senhor me faz valente guerreiro!

Para mim e todos os meus, eu acolho:

  • O Senhor é contigo, valente guerreiro!

Pe. Sérgio Luiz e Silva, C.Ss.R.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Deus não é senão Amor

Escrevi este texto em verso inspirado no livro "Viver o Evangelho" de François Varillon. Um livro que me tem encantado e aberto novos horizontes de fé.

Deus não é senão amor;
Amor que recria, ilumina, unifica,
cura, transforma, diviniza...

É preciso amar mais,
sempre mais,
até ao fim,
até à morte.

Sim, dar a vida pelos amigos,
se for preciso.
Só amando assim
seremos homens e mulheres verdadeiramente livres;
Porque o homem é homem quando ama;
quando se torna semelhante a Deus.

Somos livres quando não há egoísmo
misturado com o nosso amor.

Amar até doer.
Amar até alcançarmosa pureza absoluta do amor;
sem mácula de egoísmo,
sem retorno sobre si mesmo.

Amor é dom e acolhimento;
dom de si mesmo,
movimento para o outro,
preferência do outro
e não de nós mesmos.

Que significa a cruz?
É o despojamento do amor próprio,
da vontade própria
e do interesse próprio.

Deus não é senão amor;
Amor que exprime a sua plena profundidade
no perdão..."
Deus não só esquece a falta,
mas esquece o próprio perdão".

O Perdão é a graça das graças;
é o dom perfeito.
Por isso, temos de perdoar sempre;
"Porque aquele que não perdoa,
volta as costas a Deus,
ao que há de mais profundo em Deus".

Só experimentamos a paternidade de Deus no perdão.
Deus tem profunda alegria em perdoar.
Se quero que a minha alegria
seja semelhante à de Deus,
que é a alegria de perdoar,
é preciso que a minha alegria seja a de ser perdoado,
e que seja a minha suprema alegria.

Adaptado de um texto de "Viver o Evangelho" , de François Varillon

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A PUREZA ABSOLUTA DO AMOR

Compreendamos que somos pecadores, não em relação a regras de moral, nem mesmo em relação a uma espiritualidade. Somos pecadores em relação à pureza absoluta do amor.
Esta pureza do amor é necessária para que a minha vocação se realize, uma vez que se trata de entrar em Deus e de viver a sua vida. Isso só será possível quando já não houver em mim a mais pequena réstia de egoísmo, e para falar de S. Bernardo, o menor retorno de mim sobre mim; quando já não houver a menor preocupação comigo mesmo e a menor tentação de me olhar ao espelho. Só nesse momento é que posso entrar na glória de Deus, mas não antes.

Estamos a falar da pureza absoluta do amor, isto é, de um amor absolutamente purificado de todo o egoísmo.
Não nos enganemos com esta palavra "pureza". Habituámo-nos a chamar pureza apenas ao que diz respeito à carne, à luxúria, ao sexto mandamento. Não é disso que se trata aqui, mas sim de um amor sem mistura de egoísmo.

É em relação a isso que eu sou pecador; por outras palavras, a minha vocação é a pureza absoluta do amor, e tenho de reconhecer que o meu ponto de partida é impuro.
Na glória de Deus, amarei como Deus ama, sem o menor retorno sobre mim mesmo.»

François Varillon, em "Viver o Evangelho"

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

O VERDADEIRO PECADO

"É muito importante compreender o que é o pecado.
O pecado não é, em primeiro lugar, transgressão da lei.
É isso mas não em primeiro lugar.
Toda a Sagrada Escritura, e em especial os Evangelhos e as epístolas de São Paulo
dizem-no muito claramente.


Pecar é virar as costas a Jesus,
deixar de ter confiança n´Ele,
não acreditar nas suas promessas e na sua palavra,
duvidar da sua aliança
e não continuar a alimentar-se da sua presença.
Pecar é desligarmo-nos da vida de Jesus,
deixar de viver em comunhão com Ele,
recusar o seu corpo e o seu sangue,
rejeitar a sua palavra.

É evidente que se vai então transgredir a lei,
transgredir todas as leis."

(Jean Vanier, em "A Fonte das Lágrimas")

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A ARTE DE SABER SE CALAR

Calar sobre a própria pessoa é humildade.
Calar sobre os defeitos dos outros é caridade.
Calar quando a gente está sofrendo é heroísmo.
Calar diante do sofrimento alheio é covardia.
Calar diante da injustiça é fraqueza.
Calar quando o outro está falando é delicadeza.
Calar quando o outro espera uma palavra é omissão.
Calar e não falar palavras inúteis é penitência.
Calar quando não há necessidade de falar é prudência.
Calar quando Deus nos fala ao coração é silêncio, é oração.
Calar diante do mistério que não entendemos é sabedoria.
Quando, na escuridão da noite, procuramos Deus e não o encontramos é porque não o procuramos em nossos corações.
Lembre-se que Ele jamais abandona seus filhos.

Extraído do Jornal de Opinião
Arquidiocese de Belo Horizonte

domingo, 16 de novembro de 2008

Negue-se a si mesmo...


«Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-Me» (Lc 9, 23)

Não pensemos que, por estarmos neste mundo, podemos viver ao seu sabor como um peixe na água. Não pensemos que, pelo fato de o mundo nos entrar em casa através de certos programas de rádio ou da televisão, nos seja permitido ouvir todos os programas e ver todas as transmissões que fazem. Não pensemos que, por andarmos pelas estradas do mundo, podemos olhar impunemente para todos os cartazes e comprar no quiosque ou na livraria, indiscriminadamente, qualquer tipo de publicação. Não pensemos que, por estarmos no meio do mundo, podemos imitar e assumir os modos de viver do mundo: experiências fáceis, imoralidade, aborto, divórcio, ódio, violência, roubo. Não, não. Nós estamos no mundo. E isso é evidente. Mas não somos do mundo (2).

E isso implica uma grande diferença. Classifica-nos entre aqueles que não se alimentam das coisas mundanas e superficiais, mas das que nos são expressas, dentro de nós, pela voz de Deus que está no coração de cada pessoa. Se a escutarmos, faz-nos penetrar num reino que não é deste mundo. Um reino onde se vive o amor verdadeiro, a justiça, a pureza, a mansidão, a pobreza. Onde vigora o domínio de si mesmo.

Porque é que muitos jovens fogem para o Oriente, para a Índia, por exemplo? É porque tentam encontrar ali um pouco de silêncio e aprender o segredo de algumas figuras importantes, grandes na espiritualidade, que, pela profunda mortificação do seu “eu” inferior, deixam transparecer um amor (…) que impressiona todos os que deles se aproximam. É a reação natural à confusão do mundo, ao barulho que reina fora e dentro de nós, que já não dá espaço para o silêncio, para se ouvir Deus.

Coitados de nós! Mas será mesmo preciso ir à Índia, quando há dois mil anos Cristo nos disse: «nega-te a ti mesmo… nega-te a ti mesmo…»?

A vida cômoda e tranqüila não é para o cristão. Se quisermos seguir Cristo, ele não pediu nem nos pede menos do que isto.

O mundo invade-nos como um rio na época das cheias, e nós temos que ir contra a corrente. O mundo para o cristão é um matagal cerrado, e é preciso ver onde se põem os pés. E onde é que devemos pôr os nossos pés? Sobre aquelas pegadas que o próprio Cristo, ao passar nesta Terra, nos deixou assinaladas: são as Suas Palavras. Hoje, Ele diz-nos de novo:

«Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo…».

Por causa disso, talvez se venha a ser alvo de desprezo, de incompreensão, de zombarias, de calúnias. Podemos ter que nos isolar, que aceitar a desconsideração, que abandonar um cristianismo de fachadas.
Mas Jesus continua:

«Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-Me».

Quer queiramos, quer não, o sofrimento amargura a nossa existência. Também a tua. E, todos os dias, chegam-nos pequenos ou grandes sofrimentos. Gostarias de te livrar deles? Revoltas-te? Dão-te vontade de te lamentares? Então, não és cristão.

O cristão ama a cruz, ama o sofrimento, mesmo entre lágrimas, porque sabe que tem valor. Não foi em vão que, entre os muitos meios de que Deus dispunha para salvar a humanidade, escolheu o sofrimento. Mas Ele – lembra-te –, depois de ter levado a cruz e de ser nela crucificado, ressuscitou.

A ressurreição é também o nosso destino (3). Se aceitarmos com amor – em vez de o desprezarmos – o sofrimento que nos vem da nossa coerência cristã e todos os outros que a vida nos traz, havemos de experimentar, então, que a cruz é o caminho, já nesta Terra, para uma alegria nunca antes experimentada. A vida da nossa alma começará a crescer. O reino de Deus em nós adquirirá consistência. E lá fora, pouco a pouco, o mundo vai desaparecendo aos nossos olhos e parecer-nos-á de cartão. E já não vamos ter inveja de ninguém.
Nessa altura já nos podemos considerar discípulos de Cristo:

«Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-Me».

E, como Cristo a quem seguimos, seremos luz e amor para as chagas sem número que dilaceram a humanidade de hoje.
Chiara Lubich

Palavra de Vida, Julho de 1978. Publicada em Essere la tua Parola, Chiara Lubich e cristiani di tutto il mondo, Roma 1980, pp. 67-69;

2) cf. Jo 17, 14;

3) cf. Jo 6, 40.

sábado, 15 de novembro de 2008

SER INTEIRAMENTE AMOR

"Se não houvesse mais do que contemplar a Deus eternamente, como um bonito espectáculo ou uma linda obra de arte, uma purificação tão completa, tão total, queimando até à raiz do egoísmo, talvez não fosse absolutamente necesária.

Mas, dado que o Deus vivo não é senão Amor, dado que a nossa vocação de homem é entrar n´Ele para viver para sempre a Sua Vida e ser capaz de amar como Ele ama, temos de admitir que nem um átomo de egoísmo pode subsistir aí, onde não há senão amor.

É por isso que a alegria mais sublime, o que faz com que sejamos cristãos - não ser senão eternamente um com o amor infinito - leva necessariamente consigo a mais sublime exigência: ser eu mesmo inteiramente amor, ser puramente, isto é, unicamente amor, sem nenhuma atenção nem olhar nem encerramento sobre mim." (François Varillon, em "Alegria de Crer e Viver")

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Confia

Não vos desanimeis!

Não importa como sua vida está hoje... se a dor é grande, se o sofrimento te toma por inteiro. Saiba: Deus te ama. Ele quer te cuidar, te guardar. Confia nEle.
Quantas vezes O deixamos de lado, ou pedindo Sua ajuda, logo em seguida tomamos de volta o problema para nós resolvermos.
Não desanimemos com as coisas que nos acontecem, ao contrário, entrega à Jesus seus problemas, suas dificuldades, seus medos. Assuma a Graça e a Providência dEle em sua vida. Aceita o Senhorio dEle em sua vida.
Confia NEle!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O CÉU


"O Céu é o contacto do ser do homem com o ser de Deus, o encontro íntimo de Deus e do homem." (François Varillon, s.j. , em "Alegria de Crer e Viver")

sábado, 1 de novembro de 2008

Falta dizer não....



Aos pais, mães, educadores, para nossa reflexão...

UM ALERTA PARA OS PAIS!!!


Criando um Monstro

O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por... Nada?

Será que é índole? Talvez, a mídia? A influência da televisão? A situação social da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da sociedade?
O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes?

O rapaz deu a resposta: 'ela não quis falar comigo'.. A garota disse não, não quero mais falar com você.
E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante.

Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem chamados.
Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.
Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19.
Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha.
Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida.
Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá.
Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador converssasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram.

Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça..

O mundo está carente de nãos.
Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças.
Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos ( e alguns maridos, temem dizer não às esposas ).
Pessoas têm medo de dizer não aos amigos.
Noras que não conseguem dizer não às sogras.
Chefes que não dizem não aos subordinados.
Gente que não consegue dizer não aos próprios desejos.
E assim são criados alguns monstros.
Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.

Os pais dizem, 'não posso traumatizar meu filho'. E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos.
Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias.
Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer:
Não, você não pode bater no seu amiguinho.
Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos.
Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua.
Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação.
Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos.
Não, essas pessoas não são companhias pra você.
Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate.
Não, aqui não é lugar para você ficar.
Não, você não vai faltar na escola sem estar doente.
Não, essa conversa não é pra você se meter.
Não, com isto você não vai brincar.
Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.

Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam. Usam drogas. Compram armas. Transam sem camisinha.
Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.

Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário.
Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas
crianças não é só prazer - é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas
maneiras; dizer com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara.

Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho quando acredito que é hora - e tento respeitar também os nãos que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.

Abraços

Paulo Corrêa

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Amarás o teu próximo como a ti mesmo

AMARÁS O TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO


«Amarás o teu próximo como a ti mesmo». Acrescentando as palavras «como a ti mesmo», Jesus nos pôs diante um espelho ao qual não podemos mentir: deu-nos uma medida infalível para descobrir se amamos ou não o próximo.


Sabemos muito bem, em cada circunstância, o que significa amar a nós mesmos e o que queríamos que os demais fizessem por nós. Jesus não diz, note-se bem: «O que o outro te fizer, faze tu a ele». Isso seria a lei do Talião: «Olho por olho, dente por dente». Ele diz: o que tu queres que o outro te faça, faze tu a ele (cf. Mt 7, 12), que é muito diferente. Jesus considerava o amor ao próximo como «seu mandamento», no qual se resume toda a Lei. «Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei» (Jo 15, 12).


Muitos identificam o cristianismo inteiro com o preceito do amor ao próximo, e não estão totalmente desencaminhados. Mas temos de tentar ir um pouco mais além da superfície das coisas. Quando se fala do amor ao próximo, o pensamento se dirige imediatamente às «obras» de caridade, às coisas que é preciso fazer pelo próximo: dar-lhe de comer, de beber, de vestir; ou seja, ajudar o próximo. Mas isso é um efeito do amor, não é ainda o amor. Antes da beneficência vem a benevolência; antes de fazer o bem, vem o querer.


A caridade deve ser «sem fingimentos», ou seja, sincera (literalmente, «sem hipocrisia») (Rm 12, 9); deve-se amar «verdadeiramente, de coração» (1 Pe 1, 22). Pode-se de fato fazer caridade ou dar esmola por muitos motivos que não têm nada a ver com o amor: por ficar bem, por parecer benfeitores, para ganhar o paraíso, inclusive por remorso de consciência. Muita caridade que fazemos aos países do terceiro mundo não está ditada pelo amor, mas pelo remorso.


Percebemos a diferença escandalosa que existe entre nós e eles e nos sentimos em parte responsáveis por sua miséria. Pode-se ter pouca caridade também «fazendo caridade»!Está claro que seria um erro fatal contrapor o amor do coração à caridade dos fatos ou refugiar-se nas boas disposições interiores para com os demais, para encontrar uma desculpa para a própria falta de caridade atual e concreta.


Se você encontra um pobre faminto e tremendo de frio, dizia São Tiago, «de que serve dizer «Pobre, vá, esquente-se, coma algo», mas não lhe dá nada do que precisa?». « Filhos meus, acrescenta o evangelista João, não amemos de palavra nem de boca, mas com obras e segundo a verdade» (1 Jo 3, 18). Não se trata, portanto, de subestimar as obras externas de caridade, mas de fazer que estas tenham seu fundamento em um genuíno sentimento de amor e benevolência. Esta caridade do coração ou interior é a caridade que todos e sempre podemos exercer, é universal.


Não é uma caridade que alguns – os ricos e saudáveis – podem somente dar e outros – os pobres e enfermos – podem apenas receber. Todos nós podemos fazê-la e recebê-la. Também é muito concreta. Trata-se de começar a olhar com novos olhos as situações e as pessoas com as que vivemos. Com que olhos? É simples: os olhos com que quisermos que Deus nos olhe.


Olhos de desculpa, de benevolência, de compreensão, de perdão...Quando isso acontece, todas as relações mudam. Caem, como por milagre, todos os motivos de prevenção e hostilidade que nos impediam de amar certa pessoa, e esta começa a parecer o que é realmente: uma pobre criatura humana que sofre por suas fraquezas e limites, como você, como todos.


É como se a máscara que todos os homens e as coisas têm caíssem, e a pessoa aparecesse como é na realidade.


Pe. Raniero Cantalamessa,


OFM Cap.

Pregador da Casa Pontifícia (Vaticano)

domingo, 26 de outubro de 2008

Uma Palavra de Cristo


"Gostava de descobrir em cada manhã de quarta-feira as caras ensonadas das crianças a quem dava catecismo. Durante dois anos, contei-lhes histórias dos evangelhos. A seguir dizia-lhes para copiarem uma palavra de Cristo num caderno, e era uma coisa tão bela como convidar uma pequena assembleia de pintarroxos a escrever uma frase que falasse do sol." - Christian Bobin, em "Ressuscitar"

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Aceitar-se para ser Feliz!!


Cada um de nós é um ser em construção; todos temos defeitos e qualidades, e os nossos limites não podem fazer com que deixemos de nos amar e valorizar. É uma grande sabedoria saber aceitar-se a si mesmo; quem não se aceita é porque carrega um refinado e escondido orgulho; e isto não deixa você ver o seu valor. Todos nós nascermos com a capacidade de vencer e de ser feliz. Quem não se aceita acaba se tornando rancoroso contra si mesmo, contra os outros, contra a vida e até contra Deus… e isto o leva à revolta, à auto-piedade e à depressão.

Pare de sonhar, pegue o material que você tem e comece a construir a sua casa, do jeito que for possível. É melhor você morar num casebre do que ficar ao relento sonhando com um castelo. Ninguém é perfeito; por isso, todos precisam se aceitar. Não estou dizendo para você negar os seus limites; isto seria perigoso, pois não os elimina. Olhe-os com coragem, de frente, sem exagerá-los nem diminuí-los, e mude o que for possível. O que não pode ser mudado, aceite e ofereça a Deus. Você não é menos amado por Ele por causa dos seus limites. A partir desta aceitação, toda a sua pobreza pode começar a se transformar em imensa riqueza. Comece agora a ver as suas qualidades; você as tem. Ser humilde é reconhecer a verdade sobre si mesmo.

Aceite-se também diante dos outros; não se sinta pequeno ou invejoso porque o seu colega tira notas melhores do que você, ou porque ele se destaca e você não. Não deixe a inveja aninhar-se no seu coração; lance-a fora, é um veneno. Seja o que você é diante dos outros; não finja ser outra pessoa, e não fique paralisado diante dele por um complexo de inferioridade. A melhor maneira de impressionar alguém é ser autêntico e espontâneo diante dele. A personalidade é para o homem o que o perfume é para a flor, o que a luz e calor são para o sol. Uma engrenagem pequena não é menos importante do que uma engrenagem grande num jogo de engrenagens. Um tijolinho que falte em uma construção deixa um buraco na casa. Cada um é importante neste mundo de Deus.

Não fique imitando a vida dos outros; você é rico porque é único no universo; não esqueça isso. O Pai lhe deu uma vida sob medida, e única, irrepetível; viva-a, desenvolva-a. Se você se aceitar, os outros te aceitarão também. Não queira parecer o que você não é. Não tenha medo ou vergonha de ser você mesmo; e seja honesto em dizer: “eu não entendi isto”, “eu não sei fazer aquilo”, etc… e você ajudará os outros. Saiba de uma coisa: os homens têm necessidade de ver pessoas que reconhecem os seus limites, para que tenham coragem de reconhecer também os seus. É nobre saber dizer: “eu não compreendo isto…”, “por favor, me ensine isto!” Enfim, os outros precisam de você como você é, como Deus o fez. Você é um exemplar único na História da Humanidade. Todos nós somos limitados, mas isto nos ajuda a aprender a precisar uns dos outros. Assim aprendemos a amar, pois damos o que temos e receberemos o que nos falta, e todos crescemos juntos. Não é bonito isto? Chegar à perfeição é chegar a ser plenamente aquilo que Deus quer que você seja, e não os outros. Deus deu uma vida para cada um, para que cada um cultive a sua e respeite a do outro.

Cada um de nós é riquíssimo no seu ser. Como, então, você pode ficar reclamando das qualidades que você não tem? Antes de lamentar e lamuriar o que você não tem, agradeça o que você tem, e tudo o que recebeu gratuitamente Dele. Olhe primeiro para as suas mãos perfeitas… e diga muito obrigado Senhor! Pense nos teus olhos que enxergam longe, teus ouvidos que ouvem o cantar dos pássaros, e diga obrigado Senhor!

Olhe para a beleza e vigor da sua juventude, e agradeça ao bom Pai, de quem procede toda dádiva boa. A pior qualidade de um filho é a ingratidão diante do pai. Você recebeu uma grande herança: sua inteligência, sua memória, consciência, liberdade, capacidade de amar, de cantar de sorrir e de chorar, e muitos outros talentos que Deus espera que você faça crescer para o seu bem e o dos outros.

Mas a primeira coisa para que você possa multiplicar esses talentos, é aceitar-se como você é, física e espiritualmente. Não fique apenas olhando para os seus problemas, numa introspecção mórbida, porque senão você acabará não vendo as suas qualidades; e isto te tornará vitima de seus sentimentos. São Paulo disse que somos como que “vasos de barro”, mas que trazemos um tesouro de Deus escondido aí dentro (cf. 1Cor4, 7).

Eu não estou dizendo que você deve se esconder dos seus problemas, ou fazer de conta que eles não existem, não é isto. Reconheça-os e aceite-os; e, com fé em Deus, e confiança em você, lute para superá-los, sem ficar derrotado e lamuriando a própria sorte. Saiba que é exatamente quando vencemos os nossos problemas e quando superamos os nossos limites, que crescemos como pessoas humanas. Não tenha medo dos problemas, eles existem para serem resolvidos. Todo problema tem solução, quando um deles não tem solução, então, deixa de ser problema. É na crise e na luta que o homem cresce. É só no fogo que o aço ganha têmpera.

Por isso, é importante eliminar as suas atitudes negativas. Deus quer que você seja um aliado dele, um cooperador Seu, na obra da construção do mundo. Ele não nos entregou o mundo acabado, exatamente para poder nos dar a honra e a alegria de sermos seus colaboradores nesta bela obra. É um ato de maturidade ter a humildade de reconhecer os seus limites e aceitá-los; isto não é ser menor ou menos importante; é ser real. Aceite suas limitações, seus problemas, seu físico, sua família, sua cor, sua casa, também seus pais e seus irmãos, por mais difíceis que sejam… e comece a trabalhar com fé e paciência, para melhorar o que for possível.Como dizia São Francisco, “sou, o que sou diante de Deus.”

Certa vez iam por uma estrada um velho, um menino e um burro. O velho puxava o burro e o menino estava sobre o animal. Ao passarem por uma cidade, ouviram alguém dizer: “Que menino sem coração, deixa o velho ir a pé. Devia ir puxando o burro e colocar o velho sobre este!” Imediatamente o menino desceu do burro e colocou o velho lá em cima, e continuaram a viagem. Ao passar por outro lugar, escutaram alguém dizer: “Que velho folgado, deixa o menino ir a pé, e vai sobre o burro!” Então, eles pararam e começaram a pensar no que fazer: O velho disse ao menino: Só nos resta uma alternativa: irmos a pé carregando o burro nos nossos braços!…” Moral da estória: é impossível agradar a todos! Se eu não me aceitar como sou, jamais saberei amar os outros como eles são; estarei sempre desejando conviver com pessoas sem defeitos; e isto não existe. Saiba reconhecer e aceitar os erros; um erro reconhecido com simplicidade é uma vitória ganha.

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br

domingo, 19 de outubro de 2008

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sábado, 18 de outubro de 2008

Seguir Jesus


"A decisão de seguir o Senhor não é exactamente como assinar um documento ou como pronunciar um juramento; é antes o contínuo sacrifício quotidiano de levar por diante esta decisão, para toda a vida.

Para te fazeres santo não é necessário que sejas culto nem que tenhas um talento extraordinário. Basta-te a graça de Deus e a tua determinação pessoal. São poucos aqueles que se tornam santos, pois é mais fácil adquirir cultura do que alcançar a santidade, mudando completamente a própria vida." Francisco Xavier Nguyen Van Thuan, "O Caminha da Esperança"

domingo, 12 de outubro de 2008

O «Uniforme» do Amor


«O Senhor exortou os apóstolos a vestir apenas um «uniforme», simples mas difícil de encontrar: «Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 12, 35). Francisco Xavier Nguyen Van Thuan, em "O Caminho da Esperança"

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Reza!

Jesus!
Hoje venho pedir-te
que toques a vida da Andreia...
ela precisa viver...
**
A todos que por aqui passam
Rezem pela Andreia...
ela está a lutar pela vida...

domingo, 5 de outubro de 2008

Dai e vos será dado.

“Dai e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante será colocada na dobra da vossa veste”.
(Lc 6,38)

Nunca aconteceu a você receber um presente de um amigo e sentir a necessidade de retribuir não tanto para ficar sem dever nada, mas para expressar um amor verdadeiro, cheio de gratidão? Provavelmente sim.

Se isso acontece com você, imagine então com Deus, com Deus que é Amor. Ele retribui sempre todo bem que fazemos ao nosso próximo em nome dele. É uma experiência que os verdadeiros cristãos fazem constantemente. E cada vez é uma surpresa. Nunca nos acostumamos com a fantasia de Deus. Eu poderia citar mil, dez mil exemplos; eu poderia escrever um livro a esse respeito. Então você perceberia como é verdadeira esta imagem: “Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante será colocada na dobra da vossa veste”, que significa a abundância com que Deus retribui, significa a sua magnanimidade.

“Já anoitecera na cidade de Roma. E num apartamento, um pequeno grupo de moças que queriam viver o Evangelho preparava-se para dormir. Mas a campainha soou. Quem seria àquela hora? Era um senhor em pânico, desesperado: no dia seguinte seria despejado de casa com toda a família, porque não tinha como pagar o aluguel. As jovens se entreolharam e, de comum acordo, abriram a gaveta onde guardavam, em diferentes envelopes, o que tinha sobrado de seus ordenados e uma reserva para pagar as contas de gás, telefone e luz. Deram tudo àquele senhor, sem raciocinar. Naquela noite dormiram felizes. Alguém haveria de pensar nelas.

O dia nem tinha clareado, e o telefone tocou. ‘Vou tomar um táxi, logo mais estarei aí’ – era a voz daquele senhor. Surpresas com o fato de ele vir de táxi, as jovens ficaram à sua espera. O rosto dele dizia que alguma coisa tinha acontecido: ‘Ontem à noite, logo que cheguei em casa, me entregaram uma pequena herança que nunca imaginaria receber. Meu coração diz que devo dividi-la ao meio com vocês’. A importância correspondia exatamente ao dobro do que generosamente haviam dado”.

“Dai e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante será colocada na dobra da vossa veste”.

Também você já fez essa experiência? Se ainda não, lembre-se de que é preciso dar desinteressadamente, sem esperar nada em troca, a quem quer que lhe peça.
Experimente. Mas não para ver o resultado, e sim para amar a Deus.
Você me dirá: “Mas eu não tenho nada”.
Não é verdade. Se quisermos, temos tesouros inesgotáveis: nosso tempo livre, nosso coração, nosso sorriso, nosso conselho, nossa cultura, nossa paz, nossa palavra capaz de convencer aquele que tem para dar a quem não tem...

Você me dirá ainda: “Mas não sei a quem dar”.
Olhe ao seu redor: lembra-se daquele doente no hospital, da senhora viúva sempre só, daquele amigo desanimado e sem rumo, daquele jovem desempregado sempre triste, do irmãozinho que precisa de ajuda, daquele amigo na prisão, daquele aprendiz hesitante? É neles que Cristo espera você.

Assuma o comportamento novo do cristão – que permeia todo o Evangelho – que é o não-fechamento e a não-preocupação. Renuncie a depositar a sua segurança nos bens terrenos e apóie-se em Deus. É nisso que se demonstrará sua fé nele, que logo será confirmada pela dádiva que receberá em troca.

É lógico que Deus não se comporta assim para enriquecer você ou nos enriquecer. Ele age assim para que outros – muitos outros – vendo os pequenos milagres que o nosso doar desencadeia, façam o mesmo.

Ele age assim para que, quanto mais tivermos, mais possamos dar; para que – como verdadeiros administradores dos bens de Deus – façamos circular tudo na comunidade ao nosso redor, a fim de que se possa dizer dela o que se dizia da primeira comunidade de Jerusalém: “Não havia necessitados entre eles.” (At 4,34)

Não sente que, agindo dessa forma, você ajuda a dar um espírito seguro à revolução social que o mundo espera?

“Dai e vos será dado”.

Certamente Jesus pensava, acima de tudo, na recompensa que teremos no Paraíso. Mas o que acontece na Terra já é prelúdio e garantia disso.

Chiara Lubich

Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em junho de 1978.

sábado, 4 de outubro de 2008

«TU AMAS-ME?»


"Na sua vida terrena, Jesus precisa de ouvir uma voz humana dizer-lhe: «Tu sabes que te amo.» Por três vezes, pergunta a Pedro: «Tu amas-me?» (João 21, 15-17)
Cristo coloca-nos, a cada um, esta mesma questão, antiga e sempre nova. «Tu amas-me?»
E a cada um pede para velar por aqueles que lhe são confiados."
(Irmão Roger, de Taizé, em "Viver em tudo a Paz do Coração")

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

SEMPRE PRESENTE


"Na tarde da sua ressurreição, Jesus aproxima-se de dois dos seus discípulos que se dirigem para a aldeia de Emaús. Mas eles não se apercebem que é o Ressucitado que caminha a seu lado.(ver Lucas 24, 13-35).
Há momentos na vida em que se dissipa a consciência de que o Ressuscitado nos acompanha, pelo Espírito Santo. Reconhecido ou ignorado, Ele está presente, mesmo nos momentos em que nada nos deixa pressenti-Lo." Irmão Roger, de Taizé, em "Viver em tudo a Paz do Coração"

domingo, 14 de setembro de 2008

Festa da Exaltação da Santa Cruz

"Da Cruz brota a abundância da vida, ela é fonte de misericórdia e sinal do amor de Deus para toda a humanidade, por ela somos libertados das amarras do pecado e da morte".

A Festa da Exaltação da Santa Cruz, de aspecto devocional, tem sua origem no Oriente, no ano de 335, na dedicação das Igrejas do Santo Sepulcro e do Calvário. No Ocidente foi celebrada a partir de 629. Os cristãos dos primeiros séculos meditavam dando um novo significado para a cruz, vendo-a como instrumento de salvação. A cruz passou a ser sinal de identificação e identidade do cristão, do ser capaz de amar o próximo, doando a própria vida. Celebrada em ligação íntima com a Páscoa, recorda-nos a vitória de Jesus Cristo, crucificado e ressuscitado.

A Cruz está presente em tantos lugares e muitos a carregam consigo. Não como sinal de sofrimento mas de vitória sobre o mal e a morte. E, mais do que vitória, ela deveria lembra-nos do amor infinito com que Jesus nos amou e se entregou por nós. Da árvore do paraíso surgiu a morte, da árvore da cruz brota uma vida nova, que dura por toda eternidade. Vida e amor entrelaçam-se e fazem da cruz o sinal maior da reconciliação das pessoas com Deus e das pessoas entre si.

Oração: Ó Deus, que para salvar a todos dispusestes que vosso Filho morresse na cruz, a nós que conhecemos na terra este mistério, dai-nos colher no céu os frutos da redenção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Vamos rezar...


Uma amiga do Amor de Deus, uma amiga que partilha connosco esta comunidade de amor, encontra-se doente. Esta nossa amiga, e irmã em Cristo, ama muito a vida, e por isso sei que tudo irá correr bem. Sei também que Deus está com ela, que a sua fé é grande, e que Ele cuidará das suas feridas.

Quero acreditar que o pior já passou, mas pediu-me para rezar por ela, para que Deus a ajude a melhorar, e a viver por muito ainda. Peço-vos, juntem-na nas vossas orações... Obrigada.

Abraço em Cristo,
Cátia

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Amemos

Faço hoje um convite a você que passa por aqui... AME!
Ame seu irmão, seu conhecido, seu amigo, seu pai, sua mãe, seu parente, seu colega de trabalho.
Ame aquela pessoa que passa por você e que você nem conhece e que não te cumprimenta.
Ame aquele que vem te pedir dinheiro, ame aquele que nem te olha.
Ame o seu chefe, seu empregado, aquele "chato" que você conhece.
Ame a criança, ame o velho... faça esse propósito hoje, ao olhar para qualquer pessoa, peça a Jesus que seu olhar seja como o dEle... você verá que seu dia será cheio das bênçãos e da graça de Jesus, porque o amor é assim: quanto mais se dá, mais se tem!
Um ótimo dia para você!!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Obrigado

Passamos nossa vida pedindo coisas a Deus: Senhor, preciso disso, preciso daquilo e daquilo outro... Senhor, olha por essa pessoa, por aquela e por aquela... senhor, cuida da minha saúde, do meu emprego, do meu estudo, do meu filho, da minha cunhada...

E Deus, em Seu Amor infinito, vai recebendo, cuidando, resolvendo, curando, fortalecendo... e nós, acabamos muitas vezes deixando de agradecê-LO por tantas coisas que faz a cada momento em nossas vidas... vamos juntando um pedido no outro, e muitas vezes nem um simples "obrigado" dedicamos à Ele.

Vamos usar esse dia para agradecer a tudo o que têm providenciado em nossas vidas, e até aquilo que ainda não nos deu?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

"Enquanto temos tempo..."

"Enquanto temos tempo... (Gl 6,10)

Numa importante passagem de seu epistolário, o Apóstolo lembra a fugacidade do tempo e a necessidade de o aproveitarmos com afinco. E por quê? Porque o tempo é a ocasião da semeadura de valores que colheremos na vida póstuma; quem semeia pouco, colherá pouco, mas quem semear muito, muito colherá (Gl 6, 10; 2Cor 9, 7-9).
Refletindo bem, verificamos que o tempo não é simplesmente uma dádiva de Deus, mas é sim o dom básico, sem o qual não pode haver outros dons. Infelizmente, porém, este dom nos escapa com facilidade; passa rápido sem que tomemos consciência do seu valor porque, muito atarefados, não conseguimos emergir para fora de nossas prementes obrigações a fim de avaliar o seu significado no conjunto da nossa vida. Há também aqueles para quem o tempo pouco vale, porque desligado da sua relação com o Além, de modo que vão procurar um "passa-tempo" no jogo ou na bebida...

Ao chegar o fim desta vida terrestre, muitos, olhando para trás, lamentarão ter perdido o tempo...; desejariam recomeçar a vida – o que será impossível; daí a grande frustração.

A fim de que tal desfecho não ocorra, exorta o Apóstolo: "Vede cuidadosamente como andais, não como tolos, mas como sábios" (Ef 5, 14). E que significa a expressão "como sábios"? – Sábio, na Escritura, é aquele que olha para os valores do aquém sob a luz do Além; coloca regularmente ante os olhos o Fim de todos os fins, ou seja, o encontro com o Infinito e Absoluto, dimensionando cada valor passageiro com o metro da eternidade.
Quem o faz, não é assustado nem desinstalado pela dita "morte", mas vê nesta a consumação de uma carreira consciente, uma carreira de quem rege o seu tempo e não é regido pelo tempo. Mais: quem assim vive, goza de paz, pois a causa básica que perturba e desmantela o homem é o desviar-se do Absoluto... desviar-se ele que foi feito para o Infinito: "Tu nos fizeste para Ti, Senhor, e inquieto é o nosso coração enquanto não repousa em Ti" (S. Agostinho, Confissões I 1).
Estas reflexões não implicam alienação do cristão frente aos seus afazeres temporais, pois, ele sabe que, ao desempenhar-se de tais deveres, ele joga não somente com seu nome, mas no nome de Cristo e da religião, nome este que não é lícito conspurcar, mas que é preciso abrilhantar por uma fidelidade generosa aos compromissos. O cristão não vive só para si, mas também – e principalmente – para Aquele que por ele morreu e ressuscitou (cf. 2Cor 5, 14; Rm 14, 7-9).

Tenha S. Agostinho a palavra final: "Façamos destes dias um símbolo do dia final. Façamos do lugar da mortalidade um símbolo do tempo da imortalidade. Caminhemos depressa para a morada eterna. "Felizes os que moram em vossa casa; podem louvar-vos continuamente" (Sl 84,5)".

(...) Sejam penhor de uma vida cada vez mais prenhe dos valores definitivos!

Pe. Estêvão Bettencourt, OSB

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O Esporte como instrumento de mudança social.


O Esporte como instrumento de mudança social.

O esporte sugere brincar e jogar, palavras que são sinônimos em diversas línguas e resultam de um processo criativo capaz de modificar a realidade e o presente. O jogo é uma das manifestações mais antigas de nossa cultura corporal. Essa é a função do esporte: fazer brincar, aprender, criar, ensinar e mudar o mundo.

O Esporte colocado como instrumento de transformação social pode fazer a diferença num mundo cada vez mais violento e que deixam nossos jovens sem oportunidades de um futuro melhor.

O trabalho realizado pelo Crescer e Edificar vem de encontro aos anseios das crianças e adolescentes de Agudos que anseiam por oportunidades de poder realizar atividades que os coloquem em condições de desenvolver sua cidadania.

Não é apenas a pratica esportiva que faz do Crescer e Edificar um caminho de oportunidades para as crianças e adolescente, mais sim as lições de respeito , camaradagem, obediência as regras passadas pelos monitores atuam de maneira marcante no desenvolvimento do caráter dos alunos,.

Às conquistas que os alunos do Crescer e Edificar começam a obter, são frutos de um trabalho serio que esta sendo desenvolvido pelas pessoas envolvidas no programa, mais a vitória maior que esta sendo obtida é saber que a dedicação dos monitores estão fazendo com que as crianças e adolescente do Crescer e Edificar sejam vistas como referencial de comportamento.

Parabéns a todos os envolvidos, pois os frutos do trabalho já começam a serem colhidos.

Muitas mais vitórias virão, o mais importante é saber que estão contribuindo para um futuro melhor de nossas crianças e adolescente.

Paz e Bem!!

Paulo Corrêa

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Concede-me o que ordenas...

" Conforta-me para que eu possa, concede-me o que ordenas, e ordena-me o que queres. " - (Santo Agostinho)

«Não se deve dizer: ‘Devo fazer isto porque Deus quer’. Mas: ‘Deus quer porque tenho de fazê-lo’. Nesse caso Deus só acrescenta força para fazê-lo”.» (Simone Weil).

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Sorri, Cristo está vivo!!!

O dia pode correr mal. Podemos estar muito cansados. Podemos ter o mundo inteiro contra nós.

E depois? Temos Cristo connosco! Ele está vivo,dentro de nós, e enviou-nos o Espírito Santo que nos ilumina! Alegremo-nos! Deixemos que Ele entre na nossa vida! Deixemo-nos iluminar pelos raios do Espírito Santo!





quinta-feira, 17 de julho de 2008

Graça e Esperança


«Nenhum pecado pode ser enfrentado sem um certo conhecimento da graça.
Nenhuma perda pode ser chorada sem uma certa intuição de que acabaremos por encontrar uma nova vida.»
(Henri Nouwen, em "Não nos ardia o coração?")


quarta-feira, 16 de julho de 2008

Deus está no nosso íntimo

Recursos não lhe faltam. Em qualquer situação, busque o Deus que se aloja no seu íntimo. Ele lhe indicará o caminho a seguir.

Sua mente alimenta-se dos bons pensamentos. Estes atraem a Deus e fazem surgir a solução.

Acredite-se capaz. Não dê guarida a idéias negativas. Elas complicam. Só o pensamento positivo esclarece.
Sentir-se capaz de resolver qualquer problema dá a alegria de viver com segurança.

(Lourival Lopes)
In: Mensagens de Esperança

domingo, 13 de julho de 2008

Regressemos!


«Deus não exige um coração puro antes de nos abraçar.

Mesmo que regressemos apenas porque o seguimento dos nossos desejos não nos trouxe felicidade, Deus aceita-nos na mesma.

Mesmo que regressemos porque ser cristão nos proporciona mais paz do que ser pagão, Deus receber-nos-á.

Mesmo que regressemos porque os nossos pecados não nos deram tanta satisfação como esperávamos, Deus recebe-nos de novo.

Mesmo que regressemos por termos descoberto que não somos capazes de caminhar sozinhos, Deus receber-nos-á.

O amor de Deus não pretende saber porque regressamos.
Deus fica contente por nos ver voltar para casa e apressa-se a dar-nos tudo o que queremos, simplesmente por estarmos em casa.

Porquê protelar? Deus mantém-se de braços abertos à espera de me abraçar. Ele não fará perguntas sobre o meu passado. O que Ele deseja é o meu regresso.» (Henri Nouwen, em "A Caminho de Daybreak")

quinta-feira, 3 de julho de 2008

HOJE É TEMPO DE SER FELIZ


A vida é fruto da decisão de cada momento.

Talvez seja por isso, que a idéia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver.

Viver é plantar.

É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existencia as mais diversas formas de sementes.

Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos.

Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós será plantação que poderá ser vista de longe.

Para cada dia, o seu empenho.

A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que "debaixo do céu há um tempo para cada coisa!"

Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado.

As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura.

Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos! Infelicidade, talvez seja o contrário.

O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo.

Sempre é tempo de lançar sementes. Sempre é tempo de recolher frutos.

Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje; sementes de hoje, frutos de amanhã!

Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. Cuidado com os semeadores que não lhe amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas.

Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores.

Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você. Afinal, você merece muito mais que qualquer coisa.

Cuidado com os amores passageiros. Eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam.

Cuidado com os invasores do seu corpo. Eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem...

Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar. Eles costumam lhe fazer esquecer que você vale à pena.

Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí. Elas costumam estragar o nosso referencial da verdade.

Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos. Elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo. Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem, que Deus resolveu expressar mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo.

Não desanime de você, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz.

Não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar, e o que amar nessa vida.

Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito. A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem."

Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões.

Deus resolveu reformar o mundo, e escolheu o seu coração para iniciar a reforma. Isso prova que Ele ainda acredita em você.

E se Ele ainda acredita, quem sou eu pra duvidar?

Pe. Fábio de Melo, SCJ

domingo, 29 de junho de 2008

Caminha firme no Amor

"A caridade é como o andar do espírito. Se tens dois pés, não coxeies. Ama a Deus e ama a teu próximo." (Santo Agostinho)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

QUEM ENTRASSE NOS MEUS PENSAMENTOS,OUVIA-ME BERRAR...

Tinha acabado de escutar uma senhora
Que ainda usa o véu, cumpre todos os preceitos
E sabe todas as orações,
Mas que não conhece a verdade
Do amor de Deus.
Segundo ela, o amor de Deus existe
Para se sentir, e não para que seja
Distribuído por quem não merece.
O amor de Deus que eu conheço não é assim.
E por mais que lhe explicasse que
Jesus perdoou, inclusive,
Aos que o mataram, ela não quis saber.
O senhor padre não percebe nada.
Eles maltrataram-me.
Perguntava-lhe sobre ela e ela respondia
Sobre os outros.
Perguntava-lhe se no coração já os tinha
Perdoado e respondia-me que eles
Não eram bons.
Perguntava-lhe se conseguia ter o coração
Disponível para eles e insistia que eles
Não eram bons.
Informava-a que não precisava de confiar
E ela dizia cruz credo.
Mas que precisava de perdoar para
Se sentir bem consigo própria e repetia-me
Que ele é que não estavam bem.
Tentava encontrar algo de bem nela que
Sobressaísse e a fizesse repensar a vida e ela
Persistia falando mal dos outros.
Afirmei que o mal dos outros não devia fazer
Espelho em nós,
Mas ela repetia o palavreado.
Ensinava-lhe que era mais fácil amar
Quem nos ama, mas que o cristão também ama
Quem nos magoa e ela virava a cara.
Eu acrescentava e ela repetia.
Acrescentava e ela repetia, até esbracejar por
Não me ouvir dizer o que desejava ouvir.
E cansei. Cansei por ver nesta interminável
Conversa um coração cristão confundido.
Cansei por rever nesta conversa milhares
De corações cristãos confundidos. O senhor padre não sabe nada.

Por isso quem entrasse
Nos meus pensamentos,
Ouvia-me berrar.
Um grito mudo, seco, que me fez cerrar
Os punhos por debaixo das mangas antes
De iniciar a eucaristia.
Porquê, meu Deus?!
Porque é que as pessoas te confundem
Com as suas superstições?!
Porque é que se dizem cristãos como
Forma de sossegar a consciência?!
Porque não entendem a tua beleza?!
Porque não te entendem?!
Porque não amam como tu amas?!
Porque não sabem perdoar?!
Porque apontam o dedo umas às outras,
Esquecendo os seus próprios erros?!
Porque é que juntam as mãos para rezar,
mas não as juntam para amar?!
Porque é que estendem a mão para receber,
Mas não a abrem para dar?!
Porque é que a nossa forma de nos
Afirmarmos cristãos não nos faz melhores?
O que realmente queremos?

Nos dias de hoje, visivelmente marcados

Pelo desenvolvimento económico

e tecnológico, o sucesso pessoal

É dirigido basicamente a conquistas

Materiais.

Somos valorizados pela competência

Em obter dinheiro, poder e status.

Vivemos um quotidiano doente,

Onde pressão e ansiedade são

Nossos imperadores.

Mas por que tanta pressa?
Estamos numa era de mudanças rápidas,

Assim espera-se que tenhamos agilidade

Suficiente para vencer obstáculos,

Ganhar dinheiro,

Construir uma vida estável

- Nada mal para um final de milénio

Tão conturbado.
Realmente, precisamos nos adaptar

Aos novos tempos.

Mas simplesmente se adaptar não basta.

Precisamos, antes disto,

Criar um mundo melhor,

Gerar referências mais positivas

Para se viver. Senão iremos

Continuamente nos adaptar a padrões

Superficiais e sem sentido.
Não quero dizer que ganhar dinheiro

Seja um mero detalhe.

Ele é um instrumento da vida moderna

Necessário à sobrevivência e à realização

De alguns de nossos sonhos mais concretos.

Só não devemos confundir as coisas,

Relevando o dinheiro,

Ao invés de instrumento,

Como único objectivo.

Reconhecer e valorizar também o que

Preenche nossos corações é essencial

Para atingir equilíbrio e paz de espírito.
Parece que as pessoas se esqueceram

Ou não querem enxergar aquilo que elas

Mais desejam: amor, contacto, intimidade.

Fomos enganados por padrões sociais que só

Valorizam o externo em detrimento do afecto

Das relações verdadeiramente humanas.
É calor, o contacto entre as pessoas que

Move e preenche nossas vidas.

O ser humano precisa ser reconhecido

e acreditado pelos outros.

Ele precisa amar e ser amado; ser tocado,

Valorizado, compartilhar suas emoções

e ser sinceramente aceito.
É maravilhoso ter espaço para se

Expressar sem medo, é encantador poder

Ser a gente mesmo.
É claro que o crescimento pessoal depende

Basicamente do nosso próprio esforço,

Mas o incentivo de quem nos ama

E acredita em nossos mais íntimos potenciais

Actua como um vigoroso catalisador.

Compartilhar dá asas à criatividade e

Desenvolve em muito nossa afectividade.
Acolher o indivíduo como ele é não é fácil,

Não fomos treinados para isto.

O mundo moderno não nos prepara

Para exprimir afeição e carinho.

Ora, aceitar o próximo não é simplesmente

Respeitar seu espaço e suas características

Pessoais.

É, acima de tudo, reconhecer sua

Natureza única e particular,

Suas reais intenções, a luta íntima que

o sujeito trava consigo mesmo tentando

Cada dia mais melhorar.
Muitas vezes não temos paciência para

Lidar com as dificuldades dos outros.

Exigimos perfeição em troca da

Nossa atenção.

Vai ver o segredo é lidar com os outros,

E não com as dificuldades.
Como disse Carlos Molina,

Terapeuta sistémico, devemos conhecer

As pessoas como são, sem os problemas.

É claro que não podemos ser suas cridas,

Alimentando carências e inseguranças,

Ou concordando com tudo que dizem.

Mas podemos ser seus amigos.

Podemos nos tornar disponíveis,

Oferecendo aquilo que às vezes tanto

Cobramos - amor.
E assim poderemos ser realmente fortes

Para trilhar nosso rumo.
O verdadeiro poder surge da harmonia

Dos sentimentos.

domingo, 22 de junho de 2008

Quero o que Tu queres


«Ó Cristo, hoje Tu me chamas!
Nas portas que abres e que fechas,
nas surpresas que nem sempre entendo,
és Tu que me maravilhas no desejo permanente de me fazer feliz.
Mesmo sem me perguntar se posso,
mesmo sem saber se me apetece,
sem me perguntar se quero,
quero o que Tu queres,
agora e sempre,
Ámen».

(Oração atribuída a Madeleine Delbrêl, em "Se tu soubesses o dom de Deus", de Luís Rocha e Melo S. J.)

terça-feira, 17 de junho de 2008

Eles andam aí... Bons exames!



Senhor, eu sou estudante, e por sinal, inteligente.

Prova isto o facto de eu estar aqui, conversando Contigo.

Obrigado pelo dom da inteligência e pela possibilidade

de estudar.

Mas, como sabes, Cristo, a vida de estudante

nem sempre é fácil.

A rotina cansa e o aprender exige uma série de renúncias:

o meu cinema, o meu jogo preferido, os meus passeios,

e também alguns programas de TV .

Eu sei que preparo hoje o meu amanhã.

Por isso te peço, Senhor, ajuda-me a ser bom estudante.

Dê-me coragem e entusiasmo cada dia para recomeçar.

Abençoa-me, aos meus colegas e a todos os estudantes que estão em exames.

Amén!

segunda-feira, 9 de junho de 2008



Sim, infelizmente, ainda o Darfur...








E, agora, perguntam-me vocês, por que razão coloquei no meu blog o link para o Portal do Governo?

Por que o Darfur ainda está a sofrer. O genocídio continua. As mortes, as violações, a tortura, a fome, a sede ainda são uma constante naquela zona do Sudão. O site Por Darfur apela-nos a escrever uma carta, neste link do Portal do Governo, para que estes nossos irmãos não sejam esquecidos. Já o fizémos uma vez. Mas, pelos vistos, temos de repetir. E vamos repetir até ser necessário. Podes também assinar a petição para os representantes da ONU.

Se fosse um filho nosso? Também não continuávamos a lutar? Se fosse o nosso país? E, claro, não esqueçamos que somos cristãos. Amamos Cristo e queremos seguir a Sua Palavra de Amor. Então, estamos à espera do quê para escrevermos a carta e divulgar esta acção junto dos que conhecemos?

E, claro, rezem muito. Ofereçam comunhões e missas por este povo irmão. O Darfur agradece. Jesus e Maria agradecem-vos.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Nada é mais prático do que encontrar Deus,
Isto é, do que apaixonares-te de um modo totalmente ab­soluto e final.
Aquilo que amas, que arrebata a tua imaginação,
Irá afectar tudo.
Decidirá o que te fará sair da cama pela manhã,
O que irás fazer com as tuas noites;
Como empregarás os teus finais de semanas,
O que tu lês, o que tu sabes, o que parte o teu coração,
E o que te deixa estarrecido de encanto e gratidão.
Apaixona-te, permanece apaixonado,
E isto decidirá tudo.

Pedro Arrupe