quarta-feira, 3 de outubro de 2007



Santo anjo da minha guarda,

a quem Deus me confiou no amanhecer de meus dias,

a quem eu rezava tão confiante quando criança era,

sem saber ao certo quem eras, apenas o que por mim fazias.


Lembro bem, meu santo anjo,

de minha avó te invocando quando eu deixava a sua casa e

de minha mãe quando me mandava à escola.

E ainda hoje, guardo uma imagem meio desbotada de um anjo,

de imponentes asas e gesto largo e protetor,

acompanhando duas crianças que atravessavam uma ponte estreita

sobre um precipício ameaçador.


O tempo passou, meu anjo,

passei a contar mais comigo e a me julgar suficiente,

muito inteligente, mais prudente,

e me esqueci de tua guarda, mas não me convenci

com a mídia angelical a vender incensos,

anjinhos de plástico que se ligam na tomada,

que figuram nas listas dos almanaques.


Santo anjo do Senhor,

só sei que Deus não volta atrás em sua bondade e

que de mim Ele não te afastou.


Continua, pois, até o anoitecer de meus dias, a me proteger e

cuidar, a desviar-me dos caminhos sombreados, a velar por minha vida.

Pois as pontes têm sido cada vez mais estreitas e

os precipícios cada vez mais profundos, nem sei onde terminam.

Então me rege, me guarda, ilumina.

Amém

1 comentário:

Cátia disse...

Querida Teresa,

Que bela oração nos deixas aqui hoje. Cada vez estou mais certa que existem anjo, e alguns bem perto. Considero anjos, aqueles que nos ajudam a ultrapassar os precipicios, as pontes estreitas, os momentos de dor... Aqueles que nos fazem ter medo e recuar.

Sei que Deus coloca as pessoas na nossa vida por uma razão.... E por isso agradeço-Lhe todos os dias os amigos que colocou na minha vida. Em muito especial, agradeço-Lhe por te ter colocado na minha vida... És muito importante para mim. Obrigada por tudo.

Beijinhos grandes e um abraço cheio de amizade.