domingo, 22 de fevereiro de 2009

FÁTIMA

FÁTIMA




Num monte, perdido na serra,
Povoado de urzes, azinhos,
Ovelhas e pedras;
Numa aldeia, estendida
À volta duma ermida,
Branca e erguida,
Entre o céu e a terra.

No meio da gente, simples,
Que, ali, morava,
Em segredo
E no degredo
Dum país,
Esquecido
E perdido,
No extremo do mundo.

Quando o comunismo,
De leste, vermelho,
Aturdia, voraz e de medo
Países, viçosos,
Regados de sangue
E de guerra
E fazia
Promessas ao mundo,
De igualdade e de paz,
A ferro e a fogo,
Sem liberdade….

Veio Alguém,
Do alto e d’além,
Com uma mensagem, de paz,
Trazida, do Príncípio do ser,
P’rò mundo total,
Traduzida,
Em palavras,
De Mãe!…

P’ra mensageiros,
Não escolheu
Diplomatas, nem cardeais,
Banqueiros ou magnatas,
Missionários ou generais,
Catedráticos e outros que tais…

Da terra inteira,
Lá soube porquê…
P’ra ponto de encontro,
Não escolheu,
À nossa maneira:
Nem Vaticano,
Meca, Nepal
Jerusalém, Paris,
Um santuário hindú,
A praça vermelha
E, muito menos,
A babel da ONU…

Só uma azinheira do monte,
Vestido de urzes e rosmaninho;
Três crianças, com nome de gente,
Só, p’rà gente da terra,
O céu azul, sempre infinito
E um sol brilhante, de Maio
A iluminar o silêncio da serra…

Foi, assim:

Pela Mulher,
Vestida de luz,
Que escolheu, um dia,
Para Mãe de Jesus,
Que o Pai falou,
De conversão e de paz
À humanidade
Que Ele criou,
Para SI,
Livre e eterna…




Algés,19 de Outubro de 2000
Joaquim Luís Mendes Gomes

1 comentário:

Dennys Silva-Reis disse...

Roga por Nós , Mãe do céu!