sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Ao meu filho Paulo (quando estudava Teologia em Madrid)

Nem o brando luar de Agosto,
em noite serena de Verão.

Nem o orvalho da madrugada
que refresca
as horas primas da manhã.

Nem a água pura
que escorre infinda
lá do cimo da montanha.

Nem o chilreedo alegre
que anuncia sempre
as primaveras.

Nem o farol aceso
na terra extrema
que dá o alerta
aos marinheiros.

Nem o perfume quente
dum celeiro,
a abarrotar de pão
para o ano inteiro.

Nada...mesmo nada...
tem para mim,
esse brilho,
quente e fundo,
dos teus olhos!...

Essa frescura,
doce,
do mar sem fim
do teu sorriso!...

Esse encanto,
sábio e puro
da tua voz!...

Essa luz perene
acesa
do teu olhar!...

E essa força
imensa e verdadeira
de amar
que, por graça,
Deus te deu!...

Madrid, 11 de Novembro de 2000

3 comentários:

Clotilde S. disse...

O orgulho e o amor de mãe com a intensidade dos versos leves e singelos!

Parabèns!

E que Deus vos ilumine

beijinho
Clotlde

Joaquim Luís Monteiro Mendes Gomes disse...

Obrigado por ter lido e deixado o sua simpatia...
JG

José Faria disse...

E que mais possamos querer!
- Se temos tudo que Ele nos deu!