Negro da noite
Mergulho no negro da noite e devasso
no fundo o clarão do sol.
Me encontro com ele, meu velho amigo.
Falamos de tudo. Porquê o seu vaivém
constante.
Regar a terra de luz e calor.
A tarefa de cada dia.
Compraz-se em vê-la florir na
primavera.
Enche-a de frutos e de vinho.
Adora as primícias de cada Outono.
Respeita a manta branca que cobre os
altos cumes.
Acalora-a nas encostas mais
solarengas.
Se extasia com as finas linhas de
água como tecem rios.
E como os vai guiando até irem dar ao
mar.
Berlim, 27 de Setembro de 2019
20h31m
Jlmg
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